A visão que o rei esqueceu: "Uma grande estátua"
E a sua interpretação
Nota: Para entender corretamente este tema veja primeiro o tema anterior: A visão do rei em Daniel 2 - Primeira parte
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Cabeça
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Peito e braços
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Quadril e coxas
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pernas
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Pés
A revelação do sonho esquecido
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O Senhor revelou a Daniel o significado do sonho de Nabucodonosor, e assim o disse:
Daniel 2:29: "Estando tu, ó rei, no teu leito, surgiram-te pensamentos a respeito do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela mistérios te revelou o que há de ser."
Daniel 2:30: "E a mim me foi revelado este mistério, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses as cogitações da tua mente."
Daniel 2:31: "Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível."
Daniel 2:32: "A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços, de prata, o ventre e os quadris, de bronze;"
Daniel 2:33: "as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro, em parte, de barro."
Daniel 2:34: "Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou."
Daniel 2:35: "Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios. Mas a pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra."
O rei nunca havia ouvido um milagre como esse!
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Ali estava alguém que podia tornar explícitas as particularidades de um sonho sem que tivesse recebido pista de ninguém. Na Antiguidade, as pessoas desenvolviam a adoração pública ajoelhando-se aos pés das imagens de seus deuses. Algumas dessas imagens eram muito grandes. Talvez tenha sido por essas duas razões que Deus decidiu revelar os eventos futuros ao rei pagão, utilizando a figura de uma imensa e deslumbrante estátua.
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Uma surpresa atrás da outra
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Daniel 2:36: "Este é o sonho; e também a sua interpretação diremos ao rei."
Daniel 2:37: "Tu, ó rei, rei de reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a força e a glória;"
Daniel 2:38: "a cujas mãos foram entregues os filhos dos homens, onde quer que eles habitem, e os animais do campo e as aves do céu, para que dominasses sobre todos eles, tu és a cabeça de ouro."
Essa declaração torna evidente que a cabeça simbolizava o poderoso e magnífico Império Babilônico, rico em ouro. Mas a despeito de sua glória, esse império devia passar.
- Como cofirma a história universal...
Daniel 2:39: "Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra."
- O segundo reino seria a Medo-Pérsia, representada pelo peito e dois braços de prata da estátua - união entre medos e persas. Em 539 a.C., o general persa Ciro derrotou o Império Babilônico e estabeleceu a segunda potência universal.
O profeta de Deus antecipou o destino infeliz de Babilônia, enquanto essa ainda era a metrópole mais importante do mundo, sem qualquer perspectiva de ser destruída por agentes humanos. Em Isaías 45:1, temos uma profecia que, além de citar o nome de Ciro, menciona detalhes de como ele conquistaria a cidade de Babilônia.
- Duzentos anos mais tarde, em 331 a.C., a Medo-Pérsia caía diante das forças da Grécia comandadas por Alexandre, o Grande. Esse império é representado pelo ventre e quadris de bronze da estátua. Mas esse também daria lugar a outro reino universal.
Daniel 2:40: "O quarto reino será forte como ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará."
- O ferro simbolizava o tremendo poder do "quarto reino" da Terra. O ferro é mais forte do que o ouro, a prata e o bronze. As duas pernas simbolizavam o quarto império: Roma Oriental e Ocidental.
Depois da morte de Alexandre, seu império se enfraqueceu e foi dividido entre facções rivais, até que finalmente em 168 a.C., na batalha de Pidna, o "Império do Ferro", esmagou a Grécia.
O Império Romano foi o que mais durou, o mais extenso e o mais poderoso. O imperador romano, César Augusto, era quem governava quando Jesus nasceu por volta de 2000 anos atrás. Cristo e os apóstolos viveram durante o período representado pelas pernas de ferro.
Nunca mais se levantaria um império como aqueles:
Daniel 2:41: "Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte, de barro de oleiro e, em parte, de ferro, será esse um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo."
Daniel 2:42: "Como os dedos dos pés eram, em parte, de ferro e, em parte, de barro, assim, por uma parte, o reino será forte e, por outra, será frágil."
Daniel 2:43: "Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro."
- Aqui fica claro que não surgiria novamente um novo e grande império, mas divisões do quarto. Durante o quarto e o quinto séculos da era cristã, mais especificamente em 476 d.C., reinos bárbaros vindos do norte invadiram o decadente Império Romano, destruindo as barreiras.
Finalmente, dez das tribos ganharam a maioria do território ocidental de Roma, e dez nações distintas e independentes se estabeleceram dentro das fronteiras da Europa. Os dedos representavam as nações que deram origem à Europa atual. A História confirma que os reinos que resultaram da divisão do Império Romano foram os seguintes: francos (França), anglo-saxões (Inglaterra), alemanos (Alemanha), suevos (Portugal), visigodos (Espanha), burgundos (Suíça), lombardos (Itália) e os vândalos, hérulos e ostrogodos que mais tarde foram destruídos.
Daniel disse:
"Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão uns aos outros, assim como o ferro não se mistura com o barro."
- Durante anos, muitos homens tentaram unir esses reinos novamente para formar um quinto império universal, mas todos fracassaram. Os casamentos deram-se especialmente entre as casas reinantes. Quando irrompeu a 1ª Guerra Mundial, quase todos os monarcas da Europa eram parentes. A rainha Vitória da Inglaterra era chamada a "avó da Europa", pois quase todos os reis pertenciam à sua dinastia. O rei da Espanha, o czar da Rússia, o rei da Inglaterra, o imperador da Alemanha, etc., todos eram parentes. Nessa guerra brigaram entre si tios, sobrinhos e avós. O resultado foi que quase todos os reinos caíram e foram substituídos por repúblicas.
Alguns governantes tentaram em vão unir as nações da Europa: Carlos Magno, Luís XIV e Napoleão Bonaparte, da França; Carlos V, da Espanha; Guilherme II e Adolf Hitler, da Alemanha. Todas as tentativas foram frustradas.
Hitler foi o último que tentou unificar as nações da Europa por meio da 2ª Guerra Mundial (1939–1945). A História nos revela que todo o exército alemão foi derrotado pelo frio da Rússia. Por meio da natureza, Deus mostrou que nem Hitler, nem ninguém atrapalharia Seu plano. A profecia se mantém em pé: não se uniram!
Essa profecia nos garante que não haverá o quinto império mundial.
Os impérios abrangidos pela estátua histórica foram quatro: Babilônia (605–539 a.C.); Medo-Pérsia (539–331 a.C.); Grécia (331–168 a.C.) e Roma (168 a.C.–476 d.C.). Foram esses os quatro impérios mundiais. Qualquer livro de História confirmará a seqüência e as datas.
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Tudo está sob controlole
O notável cumprimento dessa profecia constituiu uma prova evidente de que efetivamente "há um Deus nos Céus" que dirige todo o Universo, inclusive este planeta.
Daniel 2:44: "Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre,"
Daniel 2:45: "como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente. Certo é o sonho, e fiel, a sua interpretação."
Estes reis são as divisões que surgiram com a queda do Império Romano – as atuais nações da Europa Ocidental. Vivemos no tempo dessas nações, no tempo representado pelos dedos dos pés da estátua e, por isso, concluímos que o reino de Deus está próximo.
A figura mais importante no capítulo 2 de Daniel não é Nabucodonosor, nem Daniel, tampouco a estátua. É a pedra.
Uma boa pergunta é: Quem é a pedra?
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A Bíblia deixa claro que a pedra representa Jesus Cristo (Is 28:16; 1Co 10:4; Ef 2:20). O próprio Jesus confirmou isso em Lucas 10:17 e 18, usando o mesmo símbolo de Daniel. Ele disse a Seu próprio respeito: "A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular." Aqui Jesus Se refere a Si mesmo como sendo a pedra angular de Isaías. E prossegue: "Todo o que cair sobre esta pedra, ficará em pedaços [ou seja, converter-se-á]; e aquele sobre quem ela cair, ficará reduzido a pó." A pedra que reduz a pó é a pedra sobrenatural de Daniel.
É importante relembrar que a pedra sobrenatural não feriu a estátua em sua cabeça de ouro (Babilônia), ou em seu peito de prata (Medo-Pérsia), tampouco em seu ventre e coxas de bronze (Grécia), ou mesmo nas pernas de ferro (Roma). A Bíblia diz que ela feriu a estátua nos pés e dedos, e que seria "nos dias destes reis", ou seja, em nossos dias, que o Deus do Céu estabeleceria um reino que jamais será destruído.
Daniel 2:46: "Então, o rei Nabucodonosor se inclinou, e se prostrou rosto em terra perante Daniel, e ordenou que lhe fizessem oferta de manjares e suaves perfumes."
Daniel 2:47: "Disse o rei a Daniel: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério."
Daniel 2:48: "Então, o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitos e grandes presentes, e o pôs por governador de toda a província da Babilônia, como também o fez chefe supremo de todos os sábios da Babilônia."
Daniel 2:49: A pedido de Daniel, constituiu o rei a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego sobre os negócios da província da Babilônia; Daniel, porém, permaneceu na corte do rei."
Durante algum tempo, Nabucodonosor sentiu-se influenciado a reverenciar o único e verdadeiro Deus. A revelação do futuro do mundo fez com que um rei pagão se prostrasse em reverência ao Rei dos reis.
Não há mais como negar o poder de Deus a autenticar cada linha das Escrituras Sagradas. Nela se podem ver as próprias digitais do Senhor. O fato de que o sonho de Nabucodonosor se cumpriu ao pé da letra nos dá a garantia de que a parte que ainda falta [a pedra] também se cumprirá. A volta de Cristo a este mundo é o último evento dessa profecia a se cumprir.
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A história do mundo se move para o glorioso alvo do quinto reino universal – o reino de Deus.
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Por centenas de anos a prece "venha o Teu Reino" tem sido pronunciada por milhões de pessoas. Quando essa prece for respondida, a longa e escura noite de tragédias e tristezas terá fim para sempre. O eterno sonho de todo homem – paz e segurança – se tornará realidade, assim como o sonho de Jesus, que sempre foi o de morar conosco.
O maior motivo pelo qual Deus nos revelou o breve futuro é simplesmente porque Ele nos ama e quer que cada um de nós esteja preparado para viver em Seu reino eterno.
(Adaptação do texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, e baseado na palestra do advogado Mauro Braga.)
Adaptação: Homerzat