quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Ser como uma criança



"Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele"  Marcos 10:15
Vejamos este comentário do Dr. Berndt Wolter
Professor de Missiologia no SALT-Unasp Campus2


Gosto de pensar nesta afirmação de Jesus: "Se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus" (Mt 18:3) comparando a atitude dos adultos com a das crianças. Em três áreas quero comparar os dois grupos: a) diante da repreensão, b) diante da dor, c) diante da alegria.

a) Via de regra quando um adulto é repreendido, geralmente ainda está lutando com a dor e a culpa da transgressão e não permitem que ninguém entre em sua vida deste momento. Envergonhados, fecham o coração e rejeitam a repreensão e correção. Feridos, procuram achar saídas solitárias que muitas vezes levam a decisões ainda piores. As crianças, por sua vez, choram; na verdade, também não gostam da correção, mas querem acertar. Depois de algum tempo ou, muitas vezes, na mesma hora, ainda em lágrimas, já conseguem concordar em melhorar o seu comportamento. Abrem o coração e não querem arriscar magoar o pai ou a mãe.

b) Quando adultos se machucam em seus relacionamentos, com pecados ou perdas que sofrem, tendem a esconder as lágrimas e crêem poder resolver o problema sozinhos. Cultivam o sentimento de dor, perda e solidão. As crianças, por sua vez, correm para os pais e buscam consolo, crendo que não podem resolver sozinhas. Sentam no colo deles até terem energias suficientes para continuar a vida.

c) Um adulto que experimenta motivos de alegria, se ele não guardar para si mesmo com medo de cair no ridículo, organiza a expressão de alegria de tal maneira que ela perde toda a espontaneidade. Crianças a compartilham sem medo, pulando e expressando-a em toda plenitude e espontaneidade momentânea.

É interessante que uma criança se expressa assim tão diferente do que um adulto, ela parece expressar sentimentos e confiança com uma humildade que, parece, vamos perdendo ao longo da vida.

Homerzatt

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